tag:blogger.com,1999:blog-62018883604234469382024-02-07T20:54:13.527-08:00Ação Literária pela Auto-Determinação dos PovosProcuraramos contribuir com as lutas de movimentos pela autodeterminação do povo checheno e de resistência à xenofobia, racismo e limpeza étnica no território da ex-URSS. O foco principal da publicação é a guerra na Chechênia (pequena républica situada na região setentrional das montanhas do Cáucaso) iniciada em 1994 com a invasão do território pelo exército da Federação Russa.checheniahttp://www.blogger.com/profile/01778215790216541820noreply@blogger.comBlogger11125tag:blogger.com,1999:blog-6201888360423446938.post-45501126522956678432011-04-29T11:31:00.000-07:002011-04-29T11:35:16.004-07:00Deportação stalinista de 1944A deportação stalinista de 1944. <br /><br />A verdadeira história da deportação é desconhecida pela maioria da população da Rússia e associada a vários mitos e rumores sobre a colaboração dos povos deportados com o exército nazista. <br /><br />Com o fim do império russo, em 1917, no Cáucaso Setentrional foi formada a Republica Montanhense, que, seguindo as declarações do governo bolchevique sobre a autodeterminação nacional, proclamou sua independência. Inicialmente, os bolcheviques, preocupados com a manutenção de seu poder, apoiaram a independência do Cáucaso, mas, a partir de 1924, quando a URSS foi formada e surgiu a necessidade de delimitar as fronteiras do país almejando a preservação do território conquistado outrora pelo império russo, surgiu o conflito que se tornara permanente. Este conflito que levou a vários levantes armados contra as forças do exército vermelho e da KGB enviadas para a região1 se acentuou com a implantação de processos de coletivização e de industrialização na região. <br /><br />Os levantes da população contra o governo soviético continuaram após o começo da Segunda Guerra Mundial e foram apresentados à população da URSS como a colaboração com o exército nazista. Esta versão foi aceita, desde que a resistência armada existente na região a partir de 1917, em prol da independência e contra a coletivização, fora abafada e desconhecida pela maioria de cidadãos soviéticos. <br /><br />Em 1944, por ordem de Stalin, acusados de traição, foram deportados: chechenos, inguches, karatchai, kalmyks, balkary e tártaros da Crimeia. Oficialmente, foram deportados 500.000 chechenos e inguches. <br /><br />Em 23 fevereiro de 1944, os chechenos e os inguches foram, à força, colocados nos trens e levados para o Cazaquistão e para a Ásia Central; a República Chechênia-Inguchétia foi apagada do mapa da URSS4. Aqueles que resistiram foram executados. <br />A história da deportação durante muitos anos permaneceu desconhecida devido à censura vigente na URSS. As publicações posteriores ao fim da URSS revelam que, por exemplo, na vila Khaibakh, na Chechênia, todos os moradores, 200 pessoas (ou entre 600 e 700 segundo outros depoimentos), foram queimados dentro de um estábulo. Quem tentou fugir foi fuzilado. Também foram fuzilados os moradores das vilas vizinhas. Quase metade de deportados faleceu durante a transportação nos trens, devido às condições desumanas, a ausência de alimentação e de água, e ao frio. <br /><br />Um pequeno número de pessoas conseguiu fugir para as montanhas antes de forem levados aos trens e, formando uma guerrilha, durante décadas lutou contra os representantes do poder central. <br /><br />Moradores de outras regiões da URSS foram levados para as terras que outrora foram habitadas pelas populações deportadas: processo que gerou inúmeros conflitos descritos, por exemplo, no livro do escritor Anatóliy Pristávkin "Adormecia uma nuvem dourada". <br /><br />Os povos deportados começaram a recuperar seus direitos após a morte de Stalin, em 1954, quando foi restituída a República Chechênia-Inguchétia e foi permitido o retorno de deportados para seus antigos locais de moradia. No entanto, o retorno para a terra natal e a reabilitação das comunidades encontraram diversos obstáculos, como uma economia local desestruturada, desemprego crônico e um território ocupado por moradores provindos de outras regiões. República Chechênia-Inguchétia, dentro da URSS, apresentava os maiores índices de desemprego e menores índices de educação, para citar alguns dos problemas.checheniahttp://www.blogger.com/profile/01778215790216541820noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6201888360423446938.post-42236595095419771482011-04-29T11:22:00.000-07:002011-04-29T11:27:52.124-07:00Como surge "Chechênia" - Colonização do Cáucaso pelo império russo no séc. XIX“Chechenos” é o nome atribuído a uma parte de habitantes do Cáucaso Setentrional pelos russos e provém do nome de uma das primeiras aldeias que enfrentaram o exército imperial durante a colonização do Cáucaso, Chechen-Aul. <br /> Os chechenos e os inguches se autodenominam vainakhi, o que significa “nosso povo”, ou nokhtchi. <br /> A colonização do Cáucaso pelo império russo, foi e continua sendo nomeada em manuais de história da Rússia de “pacificação” de populações bárbaras. Um breve histórico desta “pacificação” fala por si só. <br /> Não há números exatos de mortos durante a guerra colonial no Cáucaso (1816-1864), mas levando em consideração as práticas usadas pelos generais do exército imperial, supõe-se que os habitantes da região do Cáucaso setentrional foram dizimados. Estas práticas incluíam a queima de aldeamentos inteiros, juntamente com seus moradores, a queima de colheitas, sujeitando a população à fome, e o desmatamento de grandes áreas usadas para a caça e para a preparação de estoques de lenha para os invernos rigorosos. <br /> Este primeiro genocídio foi denunciado amplamente pelos sobreviventes das populações exterminadas, que fugiram para a Turquia ou outros países, e também por algumas figuras importantes da Rússia, como o escritor Liev Tolstoi. <br /> Uma das conseqüências mais notórias do processo colonizatório foi a destruição de uma estrutura social existente entre os vainakhi, que se distinguiam de outros habitantes da região pela forma de organização social, onde, não possuindo nem Estado, nem governo central, as decisões sobre todas as questões importantes para a comunidade de moradores eram tomadas coletivamente, e o órgão mais respeitado nestas decisões era representado pelo conselho de anciões. Outra característica importante era a propriedade coletiva sobre a terra, os bosques e as águas. Cada vila ou aldeia, que geralmente agregava uma grande família, formava seu conselho; o conjunto de conselhos formava, por sua vez, um conselho maior, e somente no caso de uma guerra, escolhia-se um líder (como aconteceu durante a resistência à colonização no século XIX). <br /> Como conseqüência da colonização, uma forma de organização social (a gestão das comunidades por meio de conselhos) começou a ser substituída por outra (chariá islâmica), ou seja, um modo de vida existente durante vários séculos foi rapidamente destruído e substituído por um outro, que trouxe consigo a estratificação social, a urbanização e o surgimento da noção de etnicidade, levando mais tarde à formação de um Estado-nação. Diferentemente de outros povos do Cáucaso que foram exterminados durante a colonização, chechenos sobreviveram e resistiram ao exército imperial bravamente, entrando, a partir daquele momento, no imaginário da população da Rússia como “inimigos ferozes” e “montanheses indomáveis”. Esta imagem fora propagada através de ampla produção artística sobre o assunto no século XIX. Os livros escritos pelos historiadores na Rússia apresentavam o processo de colonização como uma guerra justa e como um processo civilizatório de populações bárbaras, carentes de cultura, de higiene, de racionalidade, etc.: reafirmando um discurso comum a todas as potências colonizadoras e, ao mesmo tempo, formando a percepção negativa e deficiente dos povos colonizados. <br /> Com o extermínio de grande parcela da população, longo período de enfrentamento armado e consequente desestruturação social, e, também, devido a onda migratória de populações do Cáucaso setentrional para o império otomano, a religiosidade anímica e o direito adat (forma de solução de conflitos operante entre os vainakhi, embasada em princípios pré-definidos pelos anciões) foram gradualmente substituídos pelo direito islâmico (chariá) e grande parte de habitantes daquela região se tornou muçulmana. Dentre várias orientações filosóficas e políticas existentes no islamismo a preferência, inicialmente, foi dada ao sufismo e ao.<br /> O Cáucaso Setentrional passou a ser dividido em unidades administrativas dentro do império russo associadas à “nacionalidade” ou à “etnia” de seus moradores. Surgem, assim, a partir do século XIX, os chechenos, os inguches, os karatchai, os balkary, os tcherkessy e os kabarda, identidades, hoje em dia, reivindicadas pelos próprios moradores da região e relacionadas às exigências de independência política.checheniahttp://www.blogger.com/profile/01778215790216541820noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6201888360423446938.post-8238350141375304662011-04-26T08:42:00.000-07:002011-04-26T09:17:10.113-07:00Relembrando BeslanQuem assassinou nossas crianças?<br />Carta aberta de moradores de Beslan aos cidadãos da Rússia.<br /><br />Em 1 de setembro de 2004, nós, moradores de Beslan, levamos nossos filhos, nossas esposas, nossos esposos, nossos irmãos e irmãs, todos felizes e saudáveis, à escola. Lá, os desumanos bípedes os torturaram durante três dias, depois os despedaçaram e os queimaram. Passaram oito meses desde o dia de morte de 332 pessoas inocentes. Entre os mortos – 185 crianças. Isto se tornou o drama nacional da pequena Ossétia.<br /><br />Nós, cidadãos da Rússia, não conseguimos entender a quem nossas crianças mortas e aleijadas devem agradecer por esta “infância feliz”: a Gorbatchiov, a Ieltsin, a Putin ou ao sábio governo republicano? Não há culpados! Nos convencem esperar pelos resultados da investigação da comissão parlamentar, mas as datas da divulgação destes resultados mudam a cada dia. No entanto, julgando pelos resultados preliminares, publicados na mídia, já percebemos que esta comissão também é um artifício do poder: ela nunca nomeara outros culpados pelo crime, além dos terroristas. <br /><br />E as questões ao governo federal e ao republicano são muitas. Mas é inútil fazê-las, pois a mentira se tornou banal em nosso país. Mentira sobre a quantidade de reféns(1) e mentira sobre a ausência de exigências de terroristas (2). Porque eles todos não responderem uma pergunta: quantos terroristas morreram em decorrência de uso de lança-chamas Chmel e quantos reféns feridos morreram queimados, sem conseguir sair da escola após as explosões? E então poderemos perguntar: contra quem foram usadas as lança-chamas Chmel, o armamento pesado, os tanques e, em geral, - PARA QUE?(3)<br /><br />Mas a pergunta principal é sobre as explosões na escola. Porque, por causa de quem, pela ordem de quem, por qual causa aconteceram as primeiras duas explosões dentro do prédio que provocaram a operação militar de resgate e que levaram a vida de tantos reféns.<br /><br />Não nos deixam dormir tranquilos as declarações de infanticida terrorista N.Kulaev (4) e do presidente da Ossétia do Norte Dzasokhov. Kulaev foi testemunha da última conversa do líder dos terroristas pelo celular: “Fora de si de raiva, ele berrou Não fiz nada. O atirador da elite de vocês matou meu homem que estava no botão5. Depois, ele atirou o celular no chão e o quebrou”. Não pensamos que se o próprio terrorista tivesse feito a explosão, ele estaria negando isto. Ele devia ter compreendido que agora irão todos para o “paraíso maldito” deles.<br /><br />Os reféns que estavam na escola também perceberam que a explosão foi uma surpresa para os terroristas. No mesmo momento, uma parte de terroristas estava no refeitório se preparando para o almoço, e, justamente neste momento, os cadáveres de reféns assassinados anteriormente estavam sendo recolhidos na rua.<br /><br />Em seu depoimento, o presidente da Ossétia do Norte, Dzasokhov, declarou que, em 3 de setembro de 2004, ele conseguiu um acordo com Maskhadov (presidente da Chechênia naquela época), de que dentro de duas horas um corredor estaria aberto para que Maskhadov pudesse vir a Beslan e participar das negociações com os terroristas. Mesmo fato foi declarado perante o povo de Beslan na manhã daquele dia. Ele havia dito que figuras novas entraram no processo de negociações e que tudo seria feito para a libertação dos reféns e que não haverá operação militar de resgate. Mas, passada um hora após esta promessa ao povo de Beslan, aconteceram as duas explosões e começou a assim chamada “operação militar forçada”.<br /><br />Quem interrompeu as negociações que haviam começado entre Maskhadov e os terroristas? Quem se deu o direito de “detonar”(6) os terroristas na escola junto com as crianças? Quem se deu o direito de tirar a vida de tantas pessoas?<br /><br />Quaisquer que seja seu cargo e quaisquer que sejam as ideias com as quais ele se cobre, esta pessoa é criminosa.<br /><br />Quem saiu ganhando após o terror acontecido em nossa casa?<br /><br />Quem foi deixado em paz, em relação à guerra na Chechênia, pela comunidade internacional entorpecida com o terror sucedido em Beslan?<br /><br />Nenhuma comissão parlamentar nomeará os culpados pelas explosões na escola, pelo menos durante a vigência do governo atual. Principalmente, porque o chefe da comissão Torchin afirmou mais de uma vez em entrevistas que não é o objetivo da comissão procurar pelos culpados. Então, a comissão parlamentar também é um artifício do poder.<br /><br />A verdade, provavelmente, nunca será conhecida, pois é o segredo do Estado da Rússia para o resto da história. Esta verdade sobre o resgate de pessoas nenhum povo nunca compreenderá, independentemente do regime político.<br /><br />Mas nós começamos a compreender a aterrorizante e impensável verdade sobre a morte de nossos parentes. Nos abriram os olhos sobre a vida em nosso país, onde nossas crianças tiveram a “sorte” de viver.<br />O que faremos agora? Como viveremos?<br /><br />Devido ao exposto acima, pensamos que seja provável a versão sobre o assassinato premeditado do terrorista que vigiava o botão dos explosivos para provocar as explosões (segundo os relatos de alguns reféns, o terrorista que cuidava do botão caiu para o lado, após o que sucedeu a explosão). <br /><br />Aqueles que fizeram isto, compreendiam perfeitamente que, em decorrência das explosões, as vítimas serão muitas, mas a operação militar poderá ser nomeada de “forçada” e “espontânea”. Esta mentira irá se tornar um álibi para as pessoas que tomaram a decisão sobre a operação militar, cujo objetivo principal foi o extermínio de terroristas, ao invés da libertação de reféns. Não conseguimos entender, quem tinha o direito de tomar a decisão sobre a operação militar e tirar a vida de tantas pessoas.<br /><br />Judicialmente, existe a categoria de uma “necessidade extrema”, quando uma ação é empreendida para evitar os danos maiores. Na mídia nos dizem, desde o início da tragedia, que se o governo federal iniciasse as negociações com os terroristas, a Rússia inteira iria se desfazer. Ou seja, para o poder surgiu a tal “necessidade extrema” da operação militar que levou a vida de 332 reféns, para que os danos maiores, o despedaçamento da Rússia, pudessem ser evitados <br /><br />Mas, talvez, uma terceira opção, excluindo o assassinato das crianças ou o despedaçamento da Rússia, pudesse existir? Se, por exemplo, tentassem usar a sabedoria, a inteligência, ou, pelo menos, a esperteza? E no mais, pensando no valor da vida humana e no fato de que a vida só nos é dada uma única vez, talvez valesse a pena considerar as peculiaridades de cada ato terrorista: a quantidade de reféns, a possibilidade de negociações para não permitir a morte de centenas de pessoas inocentes, de famílias inteiras.<br /><br />Como isto foi permitido, a razão não consegue compreender. Em qual outro país isto seria possível? É fácil manter os princípios e ser corajoso estando longe da gente, na capital da Rússia, pagando com as vidas de nossos filhos.<br /><br />Também não excluímos as acusações contra o governo republicano que ironicamente responde nossas perguntas: “Agora todos sabem como deveríamos proceder!”<br /><br />Sim, mas aqueles que almejam ser presidentes do país ou da república, devem se distinguir da massa pela rapidez de pensamento, pela faculdade de cometer atos extraordinários.<br /><br />E se vocês têm o mesmo intelecto ordinário, comum a maioria de pessoas, não deveriam supervalorizar sua importância e ocupar os postos privilegiados. Pois as pessoas contam com vocês, esperam que vocês façam algo. Como, por exemplo, as crianças na escola esperavam que vocês iriam salvá-las, rezavam por sua ajuda. Mas elas tiveram que ficar no meio da operação militar – chacina. As crianças não conseguiram entender, porque os adultos as estão matando.<br /><br />Diferentemente daqueles cidadãos da Rússia, cujas famílias ainda não foram tocadas pela tragedia, nós não entendemos como é possível, em tempos de paz, dentro de uma escola estatal, matar tantas pessoas inocentes? Nos explicam que é preciso manter a integridade da Rússia. E não importa qual é o preço, não importa quantas pessoas queridas morreram – a família inteira, a metade da família, ou uma única criança: nós não podemos fazer perguntas, pois as fazendo nos tornamos cúmplices de terroristas.<br /><br />Afinal, que perguntas nós, os ingratos, podemos fazer? Em nossa cidade duas enormes escolas estão sendo construídas pelo governo, escolas incomparáveis por sua beleza até com as escolas de Moscou. E não lhes importa que não há mais em Beslan tantas crianças que pudessem preencher estas escolas.<br />10 de maio de 2005<br /><br />Notas:<br />(1): Mídia da Rússia divulgava informações errôneas sobre a quantidade de reféns na escola, a diminuindo. Durante a operação militar, em 3 de setembro, quando ocorreu a maioria das mortes, o principal canal da TV russa passava a novela brasileira Laços de família. Os canais internacionais passavam ao vivo as imagens de Beslan.<br />(2): Terroristas entregaram a carta com as exigências, a principal das quais foi sobre a retirada das tropas do exército da FR da Chechênia. Estas exigências não foram divulgadas.<br />(3): A maioria de reféns morreu ou foi ferida em decorrência do incêndio que tomou o prédio da escola após as explosões. Durante a operação militar, em 3 de setembro, foi usado, pela Rússia, o armamento pesado que disparava contra o prédio. <br />(4):Único preso e processado pela tragedia de Beslan. <br />(5): Um dos terroristas ficava em vigia permanente do botão que ligava todos os explosivos depositados no prédio da escola.<br />(6): Alusão a uma frase de Pútin pronunciada após as explosões de prédios residenciais, em 1999.checheniahttp://www.blogger.com/profile/01778215790216541820noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6201888360423446938.post-25214822594160853582008-01-15T14:56:00.000-08:002008-01-15T14:59:43.248-08:00Refugiad@s chechen@s pres@s no aeroporto da França<p class="MsoNormal"><br /></p> <p class="MsoNormal"><!--[if !supportEmptyParas]--> <!--[endif]--><o:p></o:p></p> <p class="MsoNormal">No final de dezembro de 2007 um grande grupo de <a href="mailto:refugiad@s">refugiad@s</a> <a href="mailto:chechen@s">chechen@s</a> chegou no aeroporto Roissy (França) procurando pelo asilo. Segundo uma organização de direitos humanos ANAFE as pessoas estão sendo tratadas com brutalidade e total desrespeito. El@s são proibid@s de deixarem a área de transição, dormem nos bancos de metal, o acesso aos telefones é muito restrito e não há assistência médica, nem serviço de tradução. As mulheres e as crianças foram transferidas para os espaços com as camas, mas a comunicação entre os membros de famílias foi interrompida. Assim, as pessoas que procuram refúgio não conseguem expressar as causas de sua vinda para a França. </p> <p class="MsoNormal"><span style=""> </span>No começo de janeiro de 2008 as solicitaçôes de exílio foram negadas, em sua maioria. Agora estas pessoas correm risco de serem deportadas pelo governo francês.</p> <p class="MsoNormal"><a href="http://hns-info.net/article.php3?id_article=13057">http://hns-info.net/article.php3?id_article=13057</a></p> <p class="MsoNormal">http://www.millebabords.org/spip.php?article7474</p> <p style="font-weight: bold;" class="MsoNormal"><span style=""> </span>Propomos pressionar os governos da U.E. para que não haja deportação!</p>checheniahttp://www.blogger.com/profile/01778215790216541820noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6201888360423446938.post-65267690360906019232007-11-13T15:25:00.000-08:002007-11-13T15:36:27.762-08:00Campanha de solidariedade com Irina Kodzaeva<span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""> </span></span></span></span> <div class="EC_MsoNormal" style=""><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div> <div class="EC_MsoNormal" style=""><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div> <div style="text-align: left;" class="EC_MsoNormal"><div class="EC_MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><br /></span></span></span></div> <div class="EC_MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div> <div class="EC_MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> A advogada Irina Kodzaeva de Vladikavkaz (República do Daguestão) está sendo alvo de um processo criminal pelo Tribunal da Federação Russa. Esta advogada tem se batido contra um sistema judicial que legitima a produção de falsas acusações e funciona na base de torturas e corrupção, defendendo todos os marginalizados sem olhar a nacionalidades. </span></span></span></div> <div class="EC_MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div> <div class="EC_MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> Irina Kodzaeva trabalha na região de conflito entre a Rússia e a Chechênia onde os advogados se habituaram a ver os seus clientes condenados na base de processos fabricadas por investigadores que recorrem à tortura e à humilhação física e psíquica.</span></span></span></div> <div class="EC_MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div> <div class="EC_MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> Agora é ela que enfrenta uma falsa acusação por se ter empenhado na defesa de um cliente e ter insistido em presenciar o seu interrogatório. Um grupo de advogados que trabalham na zona do Cáucaso Setentrional, na Chechênia e no Daguestão lançou um apelo pedindo o fim da perseguição a Irina Kodzaeva. (ler abaixo)</span></span></span></div> <div class="EC_MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div> <div class="EC_MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> É importante lembrar às embaixadas e consulados da Federação Russa que Irina Kodzaeva não está sozinha. Nós conhecemos a sua história e exigimos o fim das perseguições e o respeito pelos Direitos Humanos.<span style=""> </span></span></span></span></div> <div class="EC_MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div> <div class="EC_MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""> </span></span></span></span></div> <div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;">Endereços de embaixadas e consulados:</span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;">Embaixada da Rússia em Portugal</span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><a href="mailto:mail@embaixadarussia.pt"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:100%;">mail@embaixadarussia.pt</span></a></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;">Consulado da Rússia em Lisboa</span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><a href="mailto:liconsul@mail.ptprime.pt"><span style="" lang="PT"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:100%;">liconsul@mail.ptprime.pt</span></span></a><span style="" lang="PT"></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;">Consulado Honorário da Rússia em Portugal</span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><a href="mailto:n.gama@ngqdl.com"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:100%;">n.gama@ngqdl.com</span></a></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""> </span></span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;">Embaixada da Rússia no Brasil</span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><a href="mailto:emb@embrus.brte.com.br"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:100%;">emb@embrus.brte.com.br</span></a></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;">Consulados da Rússia no Brasil</span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><a href="mailto:consulado.russia@radnet.com.br"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:100%;">consulado.russia@radnet.com.br</span></a></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><a href="mailto:consrio@narod.ru"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:100%;">consrio@narod.ru</span></a></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><a href="mailto:consrus@mail.ru"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:100%;">consrus@mail.ru</span></a></span></div> <div class="EC_MsoNormal" style=""><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""> <br /></span></span></span></span><div style="text-align: center; font-style: italic;"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""> </span><span style="font-weight: bold;">Prezad@s companheir@s!</span></span></span></span></div></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: left;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><br /> Em 17 de Outubro deste ano, o Tribunal da Federação Russa iniciou o processo criminal contra nossa colega, a advogada Irina Kodzaeva (que trabalha em Vladikavkaz, República do Daguestão).</span></span></span></div><div> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><br />Esta decisão foi antecedida dos seguintes acontecimentos.</span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><br /> Irina Kodzaeva trabalha na região de conflito entre a Rússia e a Tchetchénia, onde o sistema judicial legitima a produção de falsas acusações e funciona na base de torturas e corrupção. </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><br />Em 27 de Agosto um de seus clientes Nazir Muzhakhoev foi levado para interrogatório.</span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""> </span></span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><br /> Kodzaeva dirigiu-se para a sala de interrogatório. Quando ela estava passando ao longo do corredor, um dos investigadores viu-a e trancou a porta onde Muzhakhoev estava sendo interrogado. A advogada ficou muito preocupada, pois muitos de seus clientes já foram torturados para assinar depoimentos falsos. </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><br /> Anteriormente, Nazir Muzhakhoev havia comunicado a Irina que durante o último mês e meio tinha sido ameaçado várias vezes para confessar um crime que não cometera. Também exigiam dele recusar os serviços da advogada. </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><br /> Muzhakhoev é o quarto cliente de Irina Kodzaeva que através de mentiras, chantagens e violência física estava sendo forçado a recusar seus serviços.</span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><br /> Cumprindo seu dever, a advogada Kodzaeva exigia entrar na sala de interrogatório para verificar que ele não estava sendo torturado. Ao perceber que seu pedido não estava sendo atendido, Kodzaeva tentou entrar na sala junto com um dos investigadores que acabara de chegar. Ela foi barrada na porta por um investigador da Procuradoria-geral da Federação Russa de nome Viktor Pereverzev. Primeiro, ele empurrou a advogada e depois bateu-lhe na cabeça com a palma da mão. A pancada desequilibrou Irina fazendo-a bater com boca na esquina da porta.</span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><br /> Irina foi para hospital e denunciou o acontecimento ao Ministério do Interior. Passado um mês, foi informada que sua denúncia tinha sido recusada e que o Ministério não iria abrir um processo.</span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><br /> Ao mesmo tempo informaram-na que o investigador Pereverzev tinha sido transferido para trabalhar numa outra cidade e que apresentara uma denúncia acusando Irina de espancamento.</span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><br /> Segundo as leis da Rússia, para abrir processo contra um advogado é necessária a decisão judicial de um Tribunal. Em 7 de Outubro o Tribunal de Vladikavkaz decidiu permitir a abertura de processo contra a advogada Irina Kodzaeva.</span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><br /> Todos nós, @s advogad@s que trabalham na Tchetchénia, na Inguchétia, no Daguestão e em todo o Cáucaso Setentrional, já vimos nossos clientes após as torturas, as humilhações físicas e psicológicas. Cada um@ de nós sabe quais são as hipóteses de defender a inocência dos nossos clientes. E como nos sentimos impotentes, quando os veredictos dos nossos tribunais sobre casos fabricados por investigadores como Preverzev e seus similares, é “CULPADO”!</span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><br /> Por causa de nosso silêncio os casos fabricados, as torturas, a cumplicidade entre os órgãos de investigação e de justiça se disseminam-se por toda a Rússia.</span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><br /> Hoje em dia, o espancamento da advogada Irina Kodzaeva e a abertura de um processo contra ela tiram-nos a última esperança de defesa perante a arbitrariedade.</span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><br /> A advogada Irina Kodzoeva é uma das poucas que defende os indesejáveis. È uma das poucas para quem não importa a nacionalidade. É uma das poucas que respeita a lei.</span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span><span class="on" style="display: block;" id="formatbar_JustifyFull" title="Justificar" onmouseover="ButtonHoverOn(this);" onmouseout="ButtonHoverOff(this);" onmouseup="" onmousedown="CheckFormatting(event);FormatbarButton('richeditorframe', this, 13);ButtonMouseDown(this);"></span><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><br /> Peço a tod@s colegas advogad@s e a todas as pessoas a solidariedade e o apoio a Irina Kodzaeva. Neste momento ela precisa de apoio.</span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><br /> Levantem a vossa voz em defesa da advogada. Exijam o fim da perseguição a Irina Kodzoeva.</span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><br />Escrevam para a Procuradoria-geral da Rússia.</span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"> </span></span></span></div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;" class="EC_MsoNormal"><span style="" lang="PT"><span style="font-size:100%;"><span style="font-family:Times New Roman;"><br />Assina: Lida Iussúpova, advogada, candidata ao prémio Nobel da Paz de 2006 e 2007.</span></span></span></div>checheniahttp://www.blogger.com/profile/01778215790216541820noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6201888360423446938.post-22809918647323727492007-09-27T18:30:00.000-07:002007-09-27T18:41:43.903-07:00Grande protesto popular na Inguchétia: os irmãos Aushev que foram seqüestrados pela FSB retornaram para casa após um ato de desobediência civil<span style="color:#990000;"><strong>Em 18 de setembro moradores da república Inguchétia realizaram protesto exigindo do governo a busca de pessoas sequestradas por serviços de segurança. O protesto era uma resposta ao sequestro de primos Magomed Aushev e Magomed Aushev, moradores da vila Surkhakhi. De acordo com os parentes, em 18 de setembro os primos Aushev chegaram de trem em Grozny (capital da Chechênia) e pegaram um taxi em direção a Nazran (capital da Inguchétia). Nos arredores Grozny o táxi foi cercado por quatro carros com os homens de uniformes camuflados, que forçaram os Aushev a entrarem em seus carros. </strong></span><br /><br /><span style="color:#990000;"><strong>No dia seguinte, 19 de setembro, às 3 horas da tarde, um grupo de pessoas (cerca de 450) saiu em protesto para as ruas de Nazran, e fechou a rua Chechenskaya, uma das passagens principais da cidade e a estrada de ferro. Entre os protestantes estavam os residentes de Surkhakhi, os parentes dos homens seqüestrados, e outros moradores de Inguchétia. Eles carregavam faixas que diziam: “Parem de matar pessoas inocentes!”, “Deixem nossas crianças em paz!”, “Tragam nossos filhos de volta!”. Umas dezenas de mulheres foram equipadas com varas.</strong></span><br /><br /><span style="color:#990000;"><strong>Quando o ministro de assuntos internos M. Medov chegou com suas seguranças, um dos seguranças tentou agarrar a câmera video de um dos protestantes. As mulheres atacaram o segurança e avançaram acima do ministro e dos policias em torno dele, forçando-os a se retirarem rapidamente. Ao mesmo tempo os protestantes fecharam a estrada de ferro com os blocos de concreto. Este movimento incapacitou o tráfego do transporte ao longo da estrada principal do automóvel de Nazran e a estrada de ferro. A estrada de ferro foi fechada também por dúzias de carros e de minibuses “Gazel” com os residentes da vila Surkhakhi. </strong></span><br /><span style="color:#990000;"><strong></strong></span><br /><span style="color:#990000;"><strong>Os protestantes foram visitados mais tarde pelo procurador da república Yu.N. Turygin e de membros do parlamento republicano. Os protestantes estavam muito decididos dizendo que não sairiam até que devolvessem os primos Aushev. Trouxeram com eles cantis com água e as esteiras de reza, preparando-se para permanecer durante a noite. Em suas entrevistas aos jornalistas e às organizações de defesa de direitos humanos, os protestantes disseram que eram fartos das ações dos serviços de segurança, que sequestram homens jovens, os torturam e os executam. Criticaram fortemente as autoridades e o presidente Zyazikov, afirmando que não fizeram nada a fim de parar estes crimes. </strong></span><br /><span style="color:#990000;"><strong></strong></span><br /><span style="color:#990000;"><strong>As exigências dos protestantes: o retorno dos primos Aushev e de outras pessoas seqüestradas, e a punição dos culpados por estes crimes. Estas exigências foram transmitidas pela TV local.Ás 6 da tarde chegaram três carros militares e a polícia, muitos deles com os rostos cobertos com máscaras, e tentaram dispersar a manifestação. Entretanto, os protestantes responderam com as pedras. Os recrutas da segurança abriram fogo acima das cabeças dos manifestantes, que não se assustaram: foram adiante e empurraram os policiais para trás de seus veículos. Logo as pedras bateram nos carros militares, então um deles em uma velocidade grande foi em direção à multidão. Os protestantes deixaram-no atravessar e regaram-na com as pedras de ambos os lados. Os recrutas da segurança tentaram abrir fogo mais duas vezes, mas os protestantes ainda remanesceram. Na extremidade, os policias recuados e os militares foram feridos com pedras, janelas de seus carros foram quebrados.<br /></strong></span><br /><span style="color:#990000;"><strong>Às 9 da noite, o major de Nazran, A. Tsetchoev, chegou ao local. Pediu que as pessoas fossem para casa, mas em vão. À noite cerca de 250 pessoas permaneceram no local.<br />No dia seguinte, na madrugada de 20 de setembro, os parentes receberam um telefonema dos primos sequestrados. Os jovens “foram descobertos” no departamento da polícia do distrito Shatoy da Chechênia. E de manhã os primos Aushev retornaram para casa. Magomed Aushev já foi preso antes deste incidente pelas forças de segurança (FSB), em junho de 2007, após uma operação militar em Sukhakhi, onde um residente local R.Kh. Aushev foi assassinado (http://www.memo.ru/2007/06/21/2106072.html). Magomed foi detido ilegalmente, mas liberado no mesmo dia. Ele foi espancado e torturado numa das delegacias da FSB na Ossétia do Norte. Os agentes da FSB sob a ameaça do assassinato tentaram forçar Aushev a cooperar com eles (ver detalhes em </strong></span><a href="http://www.memo.ru/2007/07/02/0207071.html"><span style="color:#990000;"><strong>http://www.memo.ru/2007/07/02/0207071.html</strong></span></a><span style="color:#990000;"><strong>). Porém, ao ser liberto, Aushev apelou às organizações de direitos humanos e à imprensa fornecendo detalhes de seu aprisionamento, testemunhando durante uma reunião com o Ombudsman da Alemanha Gunter Nooke, divulgando o número de telefone que lhe foi dado por agentes da segurança.<br /></strong></span><br /><span style="color:#990000;"><strong>De acordo com os primos liberados seus sequestradores falavam russo e checheno, alguns introduziam palavras ossetas em sua conversa. Depois do seqüestro, os Aushev foram levados para um lugar desconhecido onde foram espancados. Seus passaportes e objetos pessoais foram queimados.<br /></strong></span><br /><span style="color:#990000;"><strong>Os irmãos foram torturados com eletricidade. Os sequestradores disseram que fizeram a represália por causa da denúncia sobre a prisão em junho e da divulgação do número telefônico.<br />Na noite de 20 de setembro, os Aushev foram avisados que seriam executados. Colocaram-nos no carro e os levaram embora. Um dos seqüestradores recebeu um telefonema no caminho, e após isto os primos foram soltos perto de distrito de Shatoy na Chechênia. No mesmo dia o avô de ambos os primos reconheceu seus netos e agradeceu todos os manifestantes pela ajuda. Os protestantes desbloquearam a estrada e retornaram para as casas.</strong></span>checheniahttp://www.blogger.com/profile/01778215790216541820noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6201888360423446938.post-74045098165259117342007-08-30T13:30:00.001-07:002007-08-30T13:48:02.890-07:00<div class="MsoNormal" style=""><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:Arial;font-size:10;" ><span style="color: rgb(56, 83, 118);font-family:arial black;font-size:100%;" >Dois anarquistas são presos na Rússia, um está em greve de fome</span></span></div> <div class="MsoNormal" style=""><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:Arial;font-size:10;" > </span></div> <div class="MsoNormal" style=""><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:Arial;font-size:10;" >[<span style="color: rgb(119, 146, 172);font-family:courier;" ><strong>O Serviço Federal de Segurança (FSB),</strong></span></span><span style=";font-family:Arial;font-size:10;color:black;" ><span style="color: rgb(119, 146, 172);font-family:courier;" ><strong> agência russa de inteligência que sucedeu a KGB em relação a assuntos domésticos,</strong></span></span><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:Arial;font-size:10;" ><span style="color: rgb(119, 146, 172);font-family:courier;" ><strong> tenta fabricar uma farsante rede de terror anarquista-tchecheno, e prende dois anarquistas</strong></span>.]<br /><br /><span style="color: rgb(0, 153, 0);">Em 14 de agosto a polícia russa prendeu Andrei Kalyonov e Denis Zeleniuk, ambos da Liga Anarquista de São Petersburgo. Eles estavam se dirigindo para o Congresso da Associação dos Movimentos Anarquistas em Yaroslavl, </span></span><span style="color: rgb(0, 153, 0);font-family:Arial;font-size:10;" >seção russa da Internacional de Federações Anarquistas, a IFA<span style="color: rgb(51, 51, 51);">. <span style="color: rgb(0, 153, 0);">Faziam uma viagem de poucos gastos em trens locais e estavam perto da cidade de Malaya Vishera, quando foram cercados por policiais e detidos. Khasan Didigov, um checheno que mora em Novgorod, também foi preso separadamente.</span></span></span></div> <div class="MsoNormal" style="color: rgb(0, 153, 0);"><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" > </span></div> <div class="MsoNormal" style="color: rgb(0, 153, 0);"><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:Arial;font-size:10;" ><span style="color: rgb(0, 153, 0);">No dia 13 de agosto de 2007, o trem </span><em style="color: rgb(0, 153, 0);">Nevsky Express</em><span style="color: rgb(0, 153, 0);"> foi descarrilado após uma explosão que ocorreu debaixo de seus trilhos. A explosão aconteceu a poucos quilômetros da estação de Malaya Vishera.</span><br /><br /></span></div> <div class="MsoNormal" style="color: rgb(0, 153, 0);"><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:Arial;font-size:10;" ><span style="color: rgb(0, 153, 0);">Por todos os ângulos em que olharmos este caso, Andrei e Denis somente estavam no lugar errado e na hora errada. Aparentemente a polícia estava procurando por “pessoas suspeitas” em volta daquela área e os encontrou. Eles estavam usando um manto palestino e foram sarcásticos quando a polícia começou a questioná-los. Testemunhas que notaram “pessoas suspeitas” próximas ao trem antes da explosão ajudaram as autoridades a especularem sob algumas pistas, retrato falado dos procurados; embora eles não parecerem com os suspeitos, eles foram levados.</span><span style="color: rgb(0, 153, 0);"> </span><br /><br /></span></div> <div class="MsoNormal" style="color: rgb(0, 153, 0);"><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:Arial;font-size:10;" ><span style="color: rgb(0, 153, 0);">Veja no link a seguir que um dos anarquistas detidos não se parece em nada com os retratos falado, compare você mesmo: </span><a href="javascript:ol('http://cia.bzzz.net/rosja_policja_zatrzymala_dwoch_anarchistow_bez_podstaw');"><span style="color: rgb(0, 51, 153);">http://cia.bzzz.net/rosja_policja_zatrzymala_dwoch_anarchistow_bez_podstaw</span></a><br /><br /></span></div> <div class="MsoNormal" style="color: rgb(0, 153, 0);"><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:Arial;font-size:10;" ><span style="color: rgb(0, 153, 0);">Quando se revelou que eram “perigosos anarquistas” eles foram detidos. O apartamento de Andrei em São Petersburgo foi arrombado e revistado. Desde que ambos anarquistas haviam tido alguns problemas com a lei anteriormente e participaram em protestos antiguerra semanais, o Serviço Federal de Segurança está tentando achar uma ligação entre os anarquistas e os terroristas tchechenos.</span> </span></div> <div class="MsoNormal" style="color: rgb(0, 153, 0);"><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:Arial;font-size:10;" > </span></div> <div class="MsoNormal" style="color: rgb(0, 153, 0);"><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:Arial;font-size:10;" >Na verdade não há informações seguras – tudo que as pessoas sabem vem dos contatos pessoais com jornalistas, que por sua vez tem contatos pessoais com o Serviço Federal de Segurança.</span></div> <div class="MsoNormal" style="color: rgb(0, 153, 0);"><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" > </span></div> <div class="MsoNormal" style="color: rgb(0, 153, 0);"><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:Arial;font-size:10;" >Foi dito que eles seriam presos por pelo menos 30 dias. Isto é, presumivelmente, o tempo necessário para investigar e decidir se compele as acusações. Para tais detenções, a lei permite que isto ocorra em casos de terrorismo.</span></div> <div class="MsoNormal" style="color: rgb(0, 153, 0);"><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" > </span></div> <div class="MsoNormal" style="color: rgb(0, 153, 0);"><span style="color: rgb(51, 51, 51);font-family:Arial;font-size:10;" ><span style="color: rgb(0, 153, 0);">Nós iremos tentar obter mais informações, mas tudo está sendo mantido em segredo. Se eles não forem soltos logo, nós pediremos para que todos façam manifestações de solidariedade ou enviem mensagens.</span><span style=""> </span><br /><br /></span></div> <div class="MsoNormal" style=""><span style="color: rgb(0, 153, 0);font-family:Arial;font-size:10;" >Contato: <a href="javascript:ol('https://petrel.riseup.net/sm/src/compose.php?send_to%3danarchistsolidarity%2540yahoo.com');"><span style="color: rgb(0, 51, 153);">anarchistsolidarity@yahoo.com</span></a></span><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" ></span></div> <div class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" > </span></div> <div><span style="color: rgb(56, 83, 118);font-family:courier;" ><strong>Comunicado da Iniciativas Anarquistas de São Petersburgo em 22 de agosto de 2007</strong></span></div> <div> </div> <div>Nós, membros da Iniciativas Anarquistas de <span style="color: rgb(51, 51, 51);">São Petersburgo</span>, rechaçamos categoricamente todas as acusações que se referem aos nossos companheiros Andrey Kalyonov e Denis Zeleniyuk, e declaramos sua completa não participação na explosão do trem <em><span style="color: rgb(51, 51, 51);">Nevsky Express</span></em>.<br /><br />As convicções anarquistas não propõem manifestações violentas contra o povo inocente. A propósito, em 13 de agosto de 2007, Andrey Kalyonov e Denis Zeleniyuk, estavam em São Petersburgo e este fato pode ser confirmado por algumas testemunhas. Nossos companheiros se encontravam na comarca de Malaya Vishera porque iam a cidade de Yaroslavl, para participar no Congresso das Associações dos Movimentos Anarquistas.</div> <div><br />Qualificamos esta detenção como um ato ordinário de agressão da parte do regime autoritário do Estado. Os policias efetuaram uma revista no apartamento de Andrey Kalyonov violando sua própria lei. Eles forçaram a porta e usavam os policias municipais como testemunhas desta revista, ainda que os vizinhos de Andrey estavam dispostos a fazer isto. </div> <div> </div> <div>O auto de registro não foi apresentado a mãe de nosso companheiro, por isto todos as "provas" que foram encontradas no apartamento não podem ser legais, porque os policias atuaram em ambiente de arbitrariedade e poderiam colocar no lugar da prova tudo o que quisessem. </div> <div><br />Colocamos sobre o Serviço Federal de Segurança (FSB, ex-KGB) e<br />Ministério dos Assuntos Interiores, toda a responsabilidade pela provocação<br />contra nossos companheiros. Esta explosão pode ser aproveitada só aos que<br />querem tumultuar a situação no país antes das eleições parlamentares e presidenciais, porque seu objetivo principal é ficar no poder na Rússia a todo custo. Esta gente não se detêm ante nada, cometerá qualquer crime, provocações e atos terroristas. </div> <div><br />Chamamos as ações solidárias com os anarquistas detidos. Um deles,<br />Andrey Kalyonov, declarou-se em greve de fome. </div> <div><br />Liberdade a nossos companheiros! </div> <div> </div> <div> <div class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" ><span style="color: rgb(56, 83, 118);font-family:courier;" ><strong>Alguma notícias atuais de São Petersburgo</strong></span> </span></div> <div class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" > </span></div> <div class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" >Andrey Kalyonov já está a 10 dias em greve de fome. Há informações que estão tentando forçá-lo a se alimentar. </span></div> <div class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" > </span></div> <div class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" >Tanto Andrey como Denis estão agora numa cadeia em Novgorod. O endereço é: </span><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" lang="ES-TRAD" >Bolshaya Peterburgskaya, fone 7 25A (8162) 984900.</span></div> <div class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" lang="ES-TRAD" > </span></div> <div class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" >Ambos anarquistas agora têm advogados que representam seus interesses. É necessário levantar cerca de 3 mil euros para cobrir as despesas legais. </span></div> <div class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" > </span></div> <div class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" >Um grupo de anarquistas preocupados com o caso de Andrey e Denis decidiram criar a Cruz Negra Anarquista de São Petersburgo. </span></div> <div class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" > </span></div> <div class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" >Neste último domingo, 26 agosto, na tradicional concentração do Comitê Anti-Guerra no centro de São Petersburgo, aconteceu um piquete de informação sobre o caso e pela liberação dos anarquistas detidos. </span></div> <div class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" ></span> </div> <div class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" ><strong><span style="color: rgb(56, 83, 118);font-family:courier;" >Conta de apoio aos anarquistas</span></strong></span></div> <div class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" ></span> </div> <div class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" >Bank VTV24 (JSC)<br />In favour Acc 30301 840 2 00001060000, St.Petersburg, Russsia Bank<br />VTB24(JSC) Branch7806<br />Swift: CB GU RUMM<br />Beneficiary 40817978603060007327 Варгина Екатерина Ионовна</span></div> <div class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" > </span></div> <div class="MsoNormal" style=""><span style=";font-family:Arial;font-size:10;" ></span> </div></div> <div><span style="font-size:78%;">Tradução: Marcelo Yokoi e Juvei</span></div>checheniahttp://www.blogger.com/profile/01778215790216541820noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6201888360423446938.post-84918360347016534732007-05-02T15:53:00.000-07:002007-05-02T15:59:31.790-07:00manifestação de 1 de maio em Moscou. Bloco anarquista.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbru-2N4PukK6z8CECZac55XhUeOWD4PqLpZx17IjDlWX3N6kxAkWcIFj7DFVLaNLxspulWqS4hg9jtfyF0ihmG1MsFOlXWPFXc_9md0bGVnVLeumUrO1z6jOXy2eoWOGpWwNMhQirNm0/s1600-h/mir.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5060101226620403330" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbru-2N4PukK6z8CECZac55XhUeOWD4PqLpZx17IjDlWX3N6kxAkWcIFj7DFVLaNLxspulWqS4hg9jtfyF0ihmG1MsFOlXWPFXc_9md0bGVnVLeumUrO1z6jOXy2eoWOGpWwNMhQirNm0/s320/mir.jpg" border="0" /></a><span style="color:#3366ff;"><strong> Paz aos povos. Guerra aos governos. </strong></span><br /><div></div><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCEwHs2ZPtS7sQqx_3uNLC4IjieuvzYWP61UQL1VpPBueRbzeLjOke4eNDc7jnKiKztPTr5lwzIjrdrlfbBqOPxs0wM_u9SB-YR33apWB67N60WDJcwqgS7SiiGa7s1_pb8qXQ5E4xpPw/s1600-h/mirumir.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5060100943152561778" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCEwHs2ZPtS7sQqx_3uNLC4IjieuvzYWP61UQL1VpPBueRbzeLjOke4eNDc7jnKiKztPTr5lwzIjrdrlfbBqOPxs0wM_u9SB-YR33apWB67N60WDJcwqgS7SiiGa7s1_pb8qXQ5E4xpPw/s320/mirumir.jpg" border="0" /></a></div><br /><div><span style="color:#3366ff;"><strong>Paz ao mundo.</strong></span><br /><br /><div></div></div>checheniahttp://www.blogger.com/profile/01778215790216541820noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6201888360423446938.post-27976880562443756222007-04-11T06:35:00.000-07:002007-04-11T06:46:59.682-07:00Manifestação 7 de abril em Moscou<div align="center"><br /><span style="color:#006600;"><strong>7 de abril em Moscou aconteceu uma manifestação de protesto contra a guerra na Chechênia.<br />O dia foi escolhido para lembrar três trágicos acontecimentos relacionados a esta data.<br /><br />Em 7 de abril de 1995 os moradores de vila <em>Samachki</em> na Chechênia foram massacrados pelo exército da Federação Russa. Foi primeira operação de limpamento que causou a morte de 103 moradores. Até hoje ninguém foi julgado pelo crime.<br />Fotos e texto em russo: </strong></span><a href="http://voinenet.ru/index.php?aid=5648"><span style="color:#006600;"><strong>http://voinenet.ru/index.php?aid=5648</strong></span></a><span style="color:#006600;"><strong><br />Texto em inglês sobre o limpamento em Samachki:<br />http://www.memo.ru/hr/hotpoints/chechen/samashki/engl/<br /><br />7 de abril faz meio ano desde que <em>Anna Politkóvskaia</em>, jornalista russa que denunciava a guerra na Chechênia, foi assassinada.<br /><br />7 de abril é o aniversário de <em>Mikhail Trepáchkin</em>, preso político. Este homem foi da FSB, polícia russa, e participou das investigações de explosões dos prédios residenciais em Moscou, Volgodonsk e Buinaisk em 1999. Das explosões foram acusados os chechenos. As explosões serviram de pretexto para o começo da segunda invasão do exército da Federação Russa na Chechênia. As explosões possibilitaram a eleição de Pútin para a presidência.<br />Trepáchkin foi preso em 2003 quando pretendia divulgar as informações que revelavam a participação do governo da Rússia e da FSB nas explosões.<br /></strong></span></div><div align="center"><span style="color:#006600;"><strong></strong></span></div><div align="center"><span style="color:#006600;"><strong>Participaram do protesto mais de 500 pessoas!!!!!</strong></span></div>checheniahttp://www.blogger.com/profile/01778215790216541820noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6201888360423446938.post-48920440262910785242007-03-21T16:41:00.000-07:002007-03-21T16:43:31.668-07:00Notas sobre as atividades de denúncia da guerra na Tchetchênia em Portugal e Espanha<span style="font-family:courier new;color:#ff6600;"><br /> Entre os dias 15 de fevereiro e 03 de março foram realizadas uma série de atividades de denúncia da guerra na Tchetchênia em Portugal e Espanha: conversas, debates, exibição de filmes e fotos relacionados a um dos conflitos mais intensos e silenciados na atualidade. Enquanto a invasão do Iraque e o genocídio de seu povo é televisionado e noticiado para o mundo, a guerra na Tchetchênia escapa aos documentaristas e aos jornalistas – mesmo porque as estratégias de terrorismo de Estado em curso na Rússia impossibilitam os poucos trabalhos e as poucas vozes dissonantes possíveis neste momento.<br /><br /> Dessa maneira procuramos alguns centros de cultura social para compartilhar as informações sobre a guerra na Tchetchênia – informações sintetizadas na publicação “Terrorismo de Estado na Rússia: a guerra na Tchetchênia nos descaminhos da indústria da violência”, organizada a partir da Ação Literária pela Autodeterminação dos Povos, e que resultou de longas pesquisas, ações e vivências na Rússia com movimentos anti-militaristas e ativistas ligados à defesa dos direitos humanos na Tchetchênia.<br /><br /> Tanto em Sevilha e Málaga (Espanha), como nas cidades do Porto, Aljustrel e Lisboa (Portugal), encontramos movimentos e coletivos que nos receberam com comovente solidariedade – e que demonstraram a viabilidade prática e cotidiana dos princípios de autoorganização, ação direta e luta anti-capitalista na ocasião dos encontros, nos debates e na hospitalidade.<br /><br /> Os frutos desses encontros não colheremos neste momento, até porque o tema da guerra na Tchetchênia foi abordado sempre de maneira ampla. Procuramos estimular outras temáticas, trocar materiais e publicações diversas, dinamizar os espaços de luta social e semear futuras ações e intervenções. Assim, agradecemos a todos pelo auxílio e pela possibilidade de realização destas atividades, e esperamos até o mês de agosto realizar outras intervenções que possam celebrar a vida e a resistência nas terras do norte.<br /><br /> Agradecimentos especiais: Ana (Sevilha); Centro Social Ocupado e Autogestionado Casas Viejas; Carlos (Málaga); Centro Social em Málaga; Samuel, Paula, Miriam e David (Aljustrel); Centro de Cultura Anarquista Gonçalves Correia; Cristina e tod@s de Casas Vivas (Porto); José Maria e </span><a href="mailto:tod@s"><span style="font-family:courier new;color:#ff6600;">tod@s</span></a><span style="font-family:courier new;color:#ff6600;"> da BOESG (Lisboa). </span>checheniahttp://www.blogger.com/profile/01778215790216541820noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6201888360423446938.post-317970327684857702007-03-14T17:51:00.000-07:002007-03-14T18:06:44.599-07:00Imperialismo russo e a guerra na Chechênia: os descaminhos da indústria da violência<div align="center"><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;">Os povos das montanhas do Cáucaso Setentrional – chechenos, inguches, ossetas, kabardinos, balkaros, karatchai, cherkesse e outros – sempre representaram entraves para as tentativas imperialistas euro-asiáticas: resistiram aos impérios tártaro-mongol, turco-otomano, russo e soviético. A geografia auxilia nas estratégias de resistência. A região montanhosa dificulta o acesso para as tropas dos invasores, enquanto as formas seculares de auto-subsistência das comunidades tradicionais colaboram para a sobrevivência. Pastores nômades e agricultores, estes povos organizavam-se através de conselhos das comunidades. Foram enquadrados como bárbaros e “atrasados” não só pelo Império Russo que tentou dominá-los durante longa e sangrenta Guerra do Cáucaso (1817-1864), mas também pelos dirigentes da União Soviética que se opuseram à criação de uma República Autônoma dos Montanheses, logo após a revolução de 1917.<br />Com a desintegração da URSS, a Chechênia novamente proclama a independência. Mas o poder imperial somente trocou de nome porque, em 1994, as tropas russas invadem a Chechênia. Começa a guerra, que dura até hoje, com um saldo de 100.000 mortos e feridos e fazendo cerca de 500.000 refugiados.<br /><br /><br /><span style="color:#000099;"><strong>Comunidades tradicionais na Tchetchênia</strong></span></span></span></div><div align="center"><br /><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"> A estrutura social das comunidades tradicionais na região da Chechênia e do Cáucaso Setentrional é formada por teipes. As teipes podem ser compostas por diversas famílias e, além disso, aceitam outros agregados em sua composição social, provindos de outras regiões.<br />As teipes são constituídas por uma vila ou por um conjunto de vilas. Todas as questões cotidianas referentes aos seus habitantes são decididas nos conselhos, compostos pelos anciãos das teipes e, em alguns casos específicos, por outros representantes da comunidade. O Conselho dos conselhos legisla sobre questões que envolvem o coletivo das teipes. Forma-se, ainda, o Conselho Maior, congregando todos os povos das montanhas.<br /> A organização horizontal dos povos das montanhas se contrapunha às tentativas de estabelecimento de um Estado ou outras formas de hierarquização institucional. No caso de guerra, escolhe-se um líder, a quem todos os habitantes juram lealdade militar. A terra, as águas e os bosques pertencem aos habitantes das vilas. As tarefas de subsistência são realizadas pela própria comunidade, baseadas essencialmente na plantação de batata, milho e trigo, além das atividades pastoris. Pelas torres de pedra, a segurança da comunidade se faz através de atenta observação do território.<br /><br /><span style="color:#663366;"><strong>O Estado na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS): militarização, repressão e russificação</strong></span></span></span></div><span style="color:#663366;"><strong><div align="center"><br /></strong></span><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"> Após a criação da URSS, o processo de russificação e militarização no continente foi abrupto e violento. Abrupto por interromper e subjugar povos e comunidades que, por séculos, desenvolviam suas diversas formas de auto-governos. Em poucos anos, esse exercício de autonomia social foi substituído pela heteronomia estatal soviética (tal processo não fora exclusividade das ações do PC Soviético: em outros continentes, a formação e o desenvolvimento do Estado-nação caracterizou-se, essencialmente, pela usurpação das habilidades de auto-governo de comunidades tradicionais). Violento porque tais comunidades, descentralizadas e espalhadas pelo planeta, experimentaram a força dos modernos mecanismos de repressão militar combinados com a força de persuasão dos modernos mecanismos de propaganda e marketing. A sobrevivência do modo de vida comunitário autônomo fora encurralado. Assim, para compreendermos os conflitos atuais na Rússia provenientes da desintegração da URSS – como a guerra na Chechênia – percebemos que o processo de russificação, militarização e repressão constituiu a base das violações dos direitos humanos cometidos na época do governo imperialista da URSS.<br /> A dominação pelo Estado das atividades comunitárias essenciais ao auto-governo social, tradicionalmente exercidas pela própria comunidade e núcleos familiares, se materializou através do surgimento de especialistas: estes passaram a apontar a melhor maneira para administrar a sociedade, gerir a economia, educar, remediar pequenas enfermidades, fazer sexo, lavar roupas, praticar esportes, parir crianças e enterrar os mortos. Indicam também a música da moda, explicam os motivos das grandes guerras e das catástrofes humanas, enfim, retiram de nós próprios as habilidades humanas de agir e emitir opiniões sobre nossas vidas. Aos especialistas do Estado é repassada a incumbência de gestão social. E a especialização da gestão social, por sua vez, nada mais é do que a radicalização da divisão do trabalho, processo capitalista iniciado com a Revolução Industrial, na Inglaterra, e globalizado através das grandes empresas transnacionais, na atualidade.<br /> No caso do Estado soviético, a divisão do trabalho configurou-se na formação de uma classe social de gestores (dirigentes), empenhados em submeter a classe trabalhadora de camponeses e operários à nova ordem dita comunista. A operacionalização e implementação social dos mecanismos de lealdade aos dirigentes foram criados logo a partir das primeiras medidas de Lenin, principalmente na concepção da vetchka (ВЧК – Comissão Excepcional Superior, futura KGB) – os administradores, policiais e funcionários do Partido cuidavam para que toda e qualquer deslealdade significasse ato contra-revolucionário. No que se refere ao papel dos professores, estes já contavam inicialmente com amplo apoio do aparato estatal para universalizar o ensino obrigatório do idioma russo em todas as regiões da União Soviética. A nova ordem bolchevique procurava uniformizar, disciplinar e controlar a totalidade de centenas de povos que habitavam o extenso continente euro-asiático.<br /> Os conflitos decorrentes desse processo, acentuados pela morte de milhões de pessoas com as repressões stalinistas (como a deportação de tchetchenos ordenada em 1944), são a origem das recentes guerras travadas entre o governo russo e os povos de ex-repúblicas soviéticas em torno da questão da autonomia política.<br /><br /><br /><span style="color:#cc0000;"><strong>Refugiados</strong></span></span></span></div><strong><span style="color:#cc0000;"></span></strong><div align="center"><br /><span style="font-family:verdana;font-size:130%;"> A situação de vida insustentável nas grandes cidades leva milhares de pessoas a fugir para as áreas rurais ou para os campos de refugiados, nas repúblicas vizinhas. Estas alternativas não amenizam os problemas, pois as vilas rurais são constantemente alvo das operações de limpamentos e bombardeios generalizados pelas tropas russas, enquanto a precariedade e a instabilidade da vida nos campos de refugiados não possibilita qualquer esperança para @s </span><a href="mailto:chechen@s"><span style="font-family:verdana;font-size:130%;">chechen@s</span></a><span style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;">. Alguns arriscam um novo destino nos grandes centros urbanos da Rússia – como Moscou ou São Petersburgo – encontrando xenofobia, preconceito e repressão da polícia: são eternos suspeitos de terrorismo.<br /><br /><span style="color:#ffff33;"><strong>Política do medo cotidiano e a dinamização da indústria da violência</strong></span></span></span></div><span style="color:#ffff33;"><strong><div align="justify"><br /></strong></span><span style="font-family:verdana;font-size:130%;"> Mas a política de medo cotidiano não é novidade para a população russa, que já enfrentara outrora a paranóia do poder repressivo stalinista, as deportações e assassinatos em massa, a cultura de delatação de inocentes instaurada pelo PC soviético. A diferença é a mudança do alvo desta política de medo cotidiano. Se antes os agentes e espiões do livre mercado capitalista eram os inimigos, hoje as minorias étnicas parecem ser as responsáveis por toda a pobreza e falta de perspectiva na sociedade contemporânea russa: é necessário vigiá-las, julgá-las, caracterizá-las como potenciais suspeitos. Nesse sentido, a desigualdade social é camuflada pela diferença étnica.<br /> Implementada globalmente em nosso planeta após os atentados políticos em 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, a política de medo cotidiano tem dinamizado diversos segmentos econômicos ligados à indústria da violência. O fluxo de movimentação financeira proveniente da ampla cadeia produtiva desenvolvida através dessa indústria – produção de armamentos, serviços de “defesa” e segurança, soldados mercenários, financiamento de redes e atentados terroristas, diversificada produção cinematográfica e midiática, etc – representa o mais fundamental segmento da economia capitalista na atualidade. As vantagens e promoções de produtos militares oferecidos pela Federação Russa atraem um amplo e diversificado leque de consumidores – desde o Brasil (negociações para a aquisição de caça-aviões Sukhoi), ou mesmo o governo venezuelano de Hugo Chavez (instalação da primeira fábrica de fuzis Kalachnikov na América Latina), até o Estado de Israel. Dessa maneira, a guerra na Tchetchênia e suas implicações nas recentes formas de vigilância e controle da sociedade russa têm dinamizado os segmentos econômicos da indústria da violência naquele continente e, até mesmo, na América do Sul. E assim movimenta-se toda a cadeia produtiva da guerra.</span></div>checheniahttp://www.blogger.com/profile/01778215790216541820noreply@blogger.com0